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quarta-feira, 9 de maio de 2012

VINGADORES

Lógico que eu já fui assistir ao filme dos Vingadores. O Hulk deu show. Assisti até a última linha dos créditos, onde li Walt Disney Productions. Espanto! Eu sei, eu sei, que a Disney comprou a Marvel, mas ainda me espanto. 

Antes de se vender para a Disney, a Marvel tentou sair da crise loteando seus personagens: franqueou o Homem-Aranha para a Columbia, o Quarteto Fantástico e os X-Men para a Fox, o Thor para a Paramount e por aí foi. Ainda bem. Se não fosse assim, a gente corria o risco do Zack Efron, de High School Musical, virar o Peter Parker. 


Na abertura dos Vingadores, tinha o logo da Paramount, no meio dos créditos estava Lucas Films, ILM (Industrial Light and Magic), locações em Ohio, na Pennsylvania, em Nova York, efeitos especiais na Weta, na Nova Zelândia (do Peter Jackson, de "Senhor dos Anéis") e pós produção na Austrália. Ou seja, o mundo fez o filme. É um filme de grandes estrelas, de medalhões, dentro e fora das telas. Estourou! Já deu para recuperar o prejuízo da Disney com o fracasso de "John Carter - Entre Dois Mundos".


E, mais uma vez, Nova York pagou o pato. De todas as vezes que fui aos EUA, só estive em Nova York por quatro dias, em 1985. Eu, hein? Tô fora. Quando não são os terroristas, são os vilões de todos os filmes e até mesmo os heróis que detonam a cidade. Todo mundo por lá tem um alvo na cabeça. Los Angeles é bem mais calma, só tem um terremoto ou um vulcão muito raramente. Miami, por exemplo, nunca foi destruída num filme. Boston não fede nem cheira. 


Mas eu ainda estou esperando um filme com um outro super-herói da Marvel, que também complicava a vida dos moradores de Nova York, uma vez ou outra. Quando eu era criança pequena, lá em Nova Granada, eu comprava os gibis dele na única banca de revistas da cidade (acho que até hoje só tem uma): o Namor, o Príncipe Submarino. Ele anda meio desaparecido, foi colocado na prateleira. 


Para usar um trocadilho que me ocorreu agora, ele está no ostracismo (que soa como um canteiro de ostras tremendo). Meu candidato para o papel título é o Keanu Reeves. A não ser que tenham mudado a cor do Namor, nunca se sabe. Ele pode passar um tempo na prateleira fazendo bronzeamento artificial. Se for o caso, pode ser o Will Smith, que até já foi o James West mesmo. 

Isso anda na moda faz um tempo. O Nick Fury, esse cara do tapa-olho dos Vingadores, já foi branco com cabelo cortado "escovinha", parecia o J. Jonah Jameson, do Clarim Diário (Daily Bugle). De uns tempos para cá, virou o Samuel L. Jackson. Até o Homem-Aranha, inventaram uma versão afro para ele num universo paralelo.
Barack Hussein Obama, em campanha pra a reeleição, recebeu, em seu gabinete, na Casa Branca, o apoio da atriz Nichelle Nichols (a Uhura, de Star Trek) e ambos fazem o gesto de saudação vulcana consagrado por Spock. Obama, nascido no Havaí, de pai africano e muçulmano (do Quênia), criado por padastro muçulmano na Indonésia até os 6 anos de idade, depois pelos avós maternos no Havaí, é o primeiro presidente negro do país nº1 do mundo (até no DDI). Nichols foi a primeira atriz negra a beijar um branco na TV e a fazer um papel que não fosse de empregada doméstica.
Por falar em Star Trek, o Chris Hemsworth, que foi o pai do recém-nascido James Tiberius Kirk no último filme, é o Thor novamente e ainda não me "desceu", desde o primeiro filme em que ele encarnou o papel. Não é culpa dele. Ele é bom ator. O problema sou eu. A imagem que eu fazia do Thor era de um rosto mais rude. 
O meu boneco do Thor parece o Arnold Schwarzenegger.  Perto dele o Chris/Thor tem cara de bebê-surfista-chorão que acaba de sair do cabeleireiro. Muito perfumadinho! Muito delicado! Eu esperava um Thor mais com cara de macho-fera e menos de astro do rock-gostosão-para-a-galera-feminina. 
Claro que eu devo estar errado e a Marvel/Disney está certa. A bilheteria diz tudo. A minha crítica é a mesma que se fez quando Kevin Sorbo vestiu o Hércules. Aliás, para mim, ele sim daria um ótimo Thor.
Beyoncé Knowles revela favoritismo indo a festa fantasiada de Aranha. 
Agora é esperar pelo Homem-Aranha 4, agora encarnado pelo Andrew Garfield no lugar do Tobey Maguire. Para mim, o Tobey era perfeito. Peter Parker tem que ser nerdíssimo e derrotado (loser) e o Tobey passava isso. Vamos ver o Andrew. Até agora, pelas fotos que vi e nos videos que dão uma prévia do filme, eu achei o novo Peter mais "safo", mais adolescente ativo, de balada. Estão mudando o meu herói.
Uma Beyoncé ruiva teria sido uma Mary Jane (nos quadrinho, uma mulher exuberante, extrovertida e baladeira) melhor que a insossinha e fragilzinha Kirsten Dunst.
No filme 4 a "mina" da vez não é mais a Mary Jane Watson, mas a Gwendoline Stacy, ou apenas Gwen, para os íntimos, a primeira paixão do Peter Parker que, no gibi, foi morta pelo Lagarto ao ser atirada do alto da ponte sobre o Rio Hudson, em Nova York. No Gibi (da EBAL, da minha coleção que está lá em Nova Granada), a Gwen era loirinha e um docinho frágil. 


A vizinha do lado, que consolou o Peter depois que a Gwen morreu, era ruiva, quente e poderosa (em todas as versões anteriores). Sam Raimi (o diretor dos filmes 1, 2 e 3 - e produtor das séres de TV Hércules e Xena) deu à MJ/Kirsten Dunst a personalidade que seria da loirinha. Vamos ver agora, como vão fazer a Gwen, filha do coronel, da polícia de Nova York, Stacy.
Na Inglaterra, uma família chegou em casa e encontrou o hamster pendurado e preso na grade da jaulinha pelas bochechas: ele tinha comido o íma de um dos pés do boneco do Homem-Aranha e adquiriu um dos superpoderes do herói - grudar na parede.
Já o Batman, também uns dos temas favoritos das minhas coleções de gibi, ao contrário do mundo inteiro, eu não estou ansioso esperando a continuação do Cavaleiro das Trevas, aliás, nem curti a primeira parte das trevas. Achei que o subtítulo do filme poderia ter sido "Tropa de Elite em Gothan City". Pesado demais, sem humor algum, e muito homem para pouca mulher. No filme todo, tinha três mulheres: uma velha, uma doente e uma que morreu logo. Ponto. É muito macharal. Eu gosto de mulher! 


Desde que começou essa trilogia, quando eu soube que o vilão do "Begins" seria o Ra's Al Ghul, fiquei animado para ver a melhor parte dele: a filha, a gatíssima Talia. Nada. No gibi o Ra's conhece o Batman através da filha, que seduz (sem esforço) o morcegão. No cinema, sumiram com ela.


E o Christian Bale, com aquele biquinho de chupar ovo emoldurado pela máscara e aquela voz de fundo de armário? Para mim, o menos pior, no cinema, foi o Michael Keaton. Um Bruce Wayne baixinho e com cara de neurótico. Ótimo.
Enquanto o mundo aguarda o próximo filme do Batman, eu ainda acho que um detalhe fundamental para qualquer ator que interpretasse o papel é ter um queixo digno de ser ostentado para fora da máscara, tipo Steven Seagal, que ainda leva vantagem por ser um lutador de verdade. Depois de Adam West, Hollywood vive escalando atores boca-murcha para o papel. O menos ruim, surpreendentemente, foi o baixinho Michael Keaton.


Eu gosto tanto de mulher que ando até achando a Dilma simpática. Nossa vingadora. Ela está forçando os bancos a baixarem os juros dos empréstimos e do cheque especial. Com isso, afugentou os especuladores estrangeiros, enxugou os dólares no mercado e fez a cotação subir. Mágica. Uma boa parte do chororô dos empresários brasileiros resolvida em uma penada (ou canetada). Não era isso que todo mundo reclamava? Ponto para ela. Corajosa. Falta o governo também decidir arrecadar (esfolar) menos, aí sim ela vai fazer caridade e não com o bolso alheio.

Dilma está forçando os bancos privados a baixarem os juros dos empréstimos e do cheque especial tomando a inciativa com o BB e a Caixa. Como consequência dos juros mais baixos, os especuladores estrangeiros levam seus dólares embora e a cotação sobe, deixando os produtos brasileiros mais competitivos para exportação. Falta mexer na escorchante carga tributária para a indústria brasileira ter mais chances com a concorrência.


Os bancos brasileiros, aqueles que todo ano apresentam lucros históricos e astronômicos às nossas custas, estão tendo de rebolar, com seus tentáculos e hálito de fogo. Parece enredo de filme de ficção. Os heróis sempre vencem no final, pois mais heterogêneos que sejam e se estranhem no começo do filme (a porrada do Hulk no lindinho Thor é hilária!). 
Vingadores: Thiago (in memorian), Marcolândia, Raulito, Willian Nakamura, Samamba, eu, Avelino, Wel e Marcelo (da IFT - International Federation of Trekkers) fazíamos o Trek Dia Feliz, evento que juntava fãs de Star Trek e outros temas de ficção científica para curtir vídeos e outras atividades juntos e arrecadar donativos variados para instituições de caridade. Foram 31 edições, entre junho de 1998 e junho de 2003, além da organização de quatro encontros de fãs da Xena - A Princesa Guerreira.

2 comentários:

  1. Gostei do post, fez uma bela pesquisa e tem bastante detalhes e curiosidades legais de se saber.
    Apesar de não concordar sobre o comentário feito a respeito do ator Chris Hemsworth, o Thor de Os Vingadores rs
    Parabéns,
    Letícia Escobar

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  2. Pois é, meninas tendem a gostar do cara pelo que ele tem de gostosão. Mas Thor...

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