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segunda-feira, 2 de abril de 2012

ABRIL NO BRASIL

    Os portugueses chegaram no dia 22 de abril de 1500.

   Escaparam por pouco de chegar no dia anterior, que seria feriado, por causa de um dentista que foi enforcado em Minas, em 1743. Parece que o que ele fez foi inconfidência. Hoje em dia, mineiro fala pouco, fala baixo, come quieto, debaixo dos panos, só faz confidência. 

    Dentista então, tudo de branco, maior pureza, se defendem como podem com a broca. Não ouvem quase nada além de hummm, ai, ugh, e não espalham.

    Era dia de Páscoa e eles avistaram um monte, que levou o nome de Monte Pascoal, meio parecido com a colomba de hoje. O grumete lá em cima gritou “terra à vista” e nós estamos pagando a prazo até hoje. Foi a abertura do nosso primeiro crediário e foi na Bahia, em Porto Seguro.

    Eles saíram de Portugal com 12 navios, e perderam três pelo caminho, que afundaram, e não tinham seguro. Disseram que foram os bons ventos da África que os trouxeram ao Brasil e os fizeram acabar na Bahia por acaso, pois eles tinham mesmo é saído à procura das Índias. Encontraram os índios. E baianos.

    Os índios, portanto, descobriram os portugueses no domingo de Páscoa. E ganharam o dia 19 de abril, que tinha sido na quinta. Antes disso, todo dia era dia de índio. E os portugueses os mandaram pros quintos. Logo que chegaram, começaram a cruzar a ignorância deles com a ignorância das índias, dando origem a nós brasileiros.
Essa é uma ilustração que fiz para o futuro livro de um amigo dentista que conta histórias curiosas que aconteceram no consultório dele. Quem sabe, um dia, a gente termine.

    Mas rola um boato que eles não foram os primeiros, que os Vikings já haviam estado aqui antes. Os Vikings eram uns loirões altos e fortes, de olhos claros e cabelos compridos, e deixavam em casa umas mulheres muito gostosas e peitudas para navegar meses e meses pelos mares à procura sei lá de quê, vai entender. 

    Talvez por isso, fossem todos chifrudos. Tinham aqueles baita chifres saindo dos capacetes. Estranho que com esse visual todo não tenham deixado lembrança alguma, se é que vieram mesmo. E se vieram, não eram mesmo de nada, pois não ficou nenhum índio loiro pra contar a história.

    Depois disso, muita coisa mudou por aqui, de Ilha de Vera Cruz, pra Terra de Santa Cruz, pra Souza Cruz do Brasil, que é de ingleses, da British Tobacco Co. Foi parar na Inglaterra todo o ouro achado em Minas pelos portugueses. Virou fumaça. 

    Os portugueses já deviam os tubos para os ingleses, o FMI da época, e taparam o rombo com o ouro dos inconfidentes, que logo chegou ao FIM. E enforcaram o dentista inconformado. Hoje, os dentistas aceitam cheque pré e até cartão de crédito.



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