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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sou KIWI, mas não sou frutinha!



Se não me engano, foi em 2006 que vi uma notícia nos jornais e telejornais: um sujeito tinha assaltado um banco na Nova Zelândia usando, como arma, um dedo espetado por dentro da camisa. A funcionária do caixa do banco, diante da suposta ameaça, não reagiu e entregou alguns maços de dinheiro, kiwi dólares, ao assaltante. 


Assim que saiu do banco, na calçada, jogou o dinheiro todo para cima, na maior alegria, e se entregou para a polícia. Disse que estava comemorando alguma coisa, não me lembro o que, e teve essa ideia para festejar e repassar a alegria para todo mundo. 


Espere aí, o melhor vem agora: depois que a notícia do assalto alegre saiu nos telejornais da Nova Zelândia, no dia seguinte, havia uma fila ordeira de pessoas, na porta da agência bancária, esperando a vez de devolver ao banco o dinheiro que haviam pego na rua.


Ficou espantado?


Em janeiro de 2008, eu estava em um café em Queenstown (capital do bungee jump e outros esportes radicais), na Ilha Sul da Nova Zelândia, sendo servido por uma garçonete brasileira, da Paraíba, que declarou estar muito satisfeita com a vida por lá, onde já estava há três anos. Nesse tempo, ela já tinha voltado ao Brasil para passar um mês com a família na Paraíba e retornou para seu trabalho na Nova Zelândia, tal qual a caixa do supermercado, gaúcha, e a camareira do hotel, de Minas Gerais. 


A paraibana disse que estava tudo ótimo, que nunca que ela conseguiria fazer o oposto, isso é, trabalhar dois anos como garçonete na Paraíba e passar um mês de férias na Nova Zelândia, mas fez uma ressalva: estava preocupada com os muitos novos brasileiros que estavam vindo se instalar na Nova Zelândia. "Eles vão destruir isto aqui, eles vêm com outro espírito. O povo daqui não está preparado para os brasileiros", disse. E exemplificou: "Quando eu cheguei, eu nem falava quase nada em inglês, o primeiro trabalho que arranjei foi como faxineira numa agência bancária. No meu primeiro dia no emprego, no final do expediente, me deram a chave da agência na mão e foram embora. Era para eu limpar a agência depois do expediente bancário. Eu fiquei pasma. Mas, naquele dia, eu me tornei kiwi, de coração. Ninguém nunca, no Brasil, confiou em mim assim".


Fecha a boca!


No meio da estrada, na Ilha Norte, parei em um posto de gasolina para abastecer o carro alugado, um Daihatsu Sirion (não há fábricas de veículos na Nova Zelândia, é tudo importado). Não havia frentistas. Não havia onde inserir cartões de créditos na bomba, como é comum nos Estados Unidos. Então imaginei que deveria pagar antecipado lá na gerência, para que a bomba fosse destravada e eu pudesse usá-la, como antigamente era nos Estados Unidos, há uns 30 anos. 


Deixei o carro parado na frente da bomba e fui até lá dentro da gerência, onde havia apenas uma senhora kiwi de meia-idade atrás do balcão. Expliquei a ela que eu era estrangeiro, estava visitando o país dela pela primeira vez e precisava abastecer o carro com gasolina. Perguntei a ela qual era o procedimento. Ela disse, em inglês: "Você volta lá, pegue a mangueira da bomba, coloque no tanque do seu carro, encha o tanque com quanta gasolina você quiser, depois volte aqui, veja quanto deu e pague"


Eu achei que eu não tivesse entendido, que o sotaque kiwi dela tivesse me confundido, e pedi para ela repetir. Ela falou de novo. Era aquilo mesmo. Eu fui pensando: "quando, no Brasil, nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar, uma pessoa iria lá na bomba, abasteceria quanto quisesse e depois voltaria para pagar para uma tiazinha?" Eu ainda não era kiwi por pensar maliciosamente, ainda era impuro. 


Algumas estradas passam nas porteiras de fazendas, plantações de kiwis, ameixas, damascos, cerejas e outras frutas. Do lado de fora das porteiras, rente à estrada, algumas mesas têm sacos de frutas diversas, maiores ou menores, com o aviso em cima: "sacos maiores, 2 dólares, sacos menores, 1 dólar cada". Além disso, em cima das mesas, tem uma caixinha para se deixar o dinheiro. Ninguém tomando conta. Você pode escolher o que quiser, pegar e deixar a quantia correspondente na caixinha.


Entendeu?


Na maior cidade da Nova Zelândia, Auckland, com 2,5 milhões de habitantes (do total de 4 milhões de habitantes do país, com dimensão territorial equivalente ao Japão ou ao Reino Unido), uma loja de roupas expunha, na calçada de grande movimento de turistas, do lado de fora, ofertas de blusas, calças e outras peças em uma "arara" (aquele cabidão). Sem ninguém tomando conta. Se você gostasse de alguma roupa, era só pegar e entrar na loja, pela porta de abertura automática, que fica fechada para não prejudicar o ar condicionado interno, e... pagar.


Leia de novo o parágrafo anterior. Não é incrível?


Agora vou falar dos banheiros, três. 


O primeiro. Era dia 25 de dezembro de 2007, de manhã bem cedo, e nós pegamos uma balsa no porto de Auckland para a ilha Waiheke. No porto da ilha, chamado de Matiatia (coitada da tia!), pegamos um ônibus até a praia de Onetangi. Os restaurantes e cafés (onde a gente esperava tomar um café da manhã) estavam todos fechados. Era feriado de Natal. Nos limitamos a deitar na grama, debaixo de uma árvore, perto da praia, observando surfistas no lado ocidental do Oceano Pacífico Sul. Me deu vontade de usar um banheiro e eu vi uma casinha na praia, ao longe. Falei: "vou lá, ver se é um banheiro". A Isabela retrucou, com os padrões brasileiros incutidos nela: "Imagina, se for um banheiro, numa praia de surfistas, numa ilha, no meio do nada, deve estar um nojo". Eu fui. Abri a porta: limpíssimo, perfumado, seco, com papel higiênico, sabonete na pia e papel toalha. Usei o sanitário e deixei tudo limpo, como encontrei, sequei até a pia. Era meu primeiro dia na Nova Zelândia. Fiz como a garçonete paraibana lá de Queenstown (que eu ainda iria conhecer, 10 dias depois): retribuí a confiança.
Não, isso não é o banheiro. Não tirei foto do banheiro. Isso aí é o parquímetro: é só passar o cartão (de crédito ou débito) e estacionar na rua. Não tem moedinhas (comos nos EUA), nem talão de zona azul, nem flanelinhas.


O segundo. Numa calçada de Auckland, um banheiro público. Já tinha visto um parecido em Paris, em 1999, que tinha que pagar para usar. Procurei quanto era e onde enfiar o dinheiro. Nada. Então, simplesmente abri a porta. Travei por dentro. Começou uma música-ambiente, clássica. Baixei a tampa do sanitário. Automaticamente, a tampa foi coberta por uma capa de papel que parecia tecido. Usei o sanitário. E agora, onde está o papel? Apertei um botão na parede: zup, zup, zup, zup! Apareceram quatro pedaços de papel. Precisei de mais. Apertei o botão de novo. Apareceram mais quatro pedaços e papel. OK. Me levantei. Automaticamente a cobertura de papel da tampa do sanitário girou, sendo recolhida, e a tampa levantou. Não encontrei onde apertar a descarga. Fui até a pia. Havia três dispositivos com sensores (de calor ou movimento, sei lá). Eu coloquei as mãos embaixo do primeiro, plop, sabão (e, neste instante, tchaa, a descarga funcionou sozinha lá no sanitário), o segundo, água, e o terceiro, rrrr, ar quente para secar. Abri a porta e saí, feliz da vida, me sentindo muito digno, kiwi.


O terceiro. No meio do nada, ao lado de uma estrada a caminho de Wellington (a capital do país), havia uma mesa com bancos e um simpático banheiro químico em forma de lata de refrigerante rosa. Paramos para fazer um piquenique e usar a lata. Nem preciso dizer quais eram as condições de higiene do lugar, ou você ainda não entendeu? Preciso dizer que levamos nosso lixo e deixamos tudo limpinho, como encontramos?
OK, OK, a Nova Zelândia não é perfeita: tem um terremoto de vez em quando. Mas mata muito menos gente do que a chuva, todo ano, no Brasil.


Muitas pessoas me perguntam o porque de eu ter vestido a camisa (e o boné, a meia, a cueca, o broche de lapela, o adesivo no carro etc) da Nova Zelândia. Então, agora eu posso economizar conversa e dizer: "leia no meu blog". Além da dignidade e da simpatia do povo de lá, a paisagem é tuuuudo aquilo que você viu nos filmes do "Senhor dos Anéis" (estive na vila dos Hobbits, que foi cenário dos filmes), nos filmes de "Narnia" e nas séries de TV "Hercules" e "Xena" (cuja protagonista, Lucy Lawless, minha musa, é kiwi).


A Nova Zelândia é o paraíso dos cineastas: é só mudar a câmera de lugar e o cenário muda radicalmente, de praias belíssimas para floresta para deserto com picos nevados para geleiras permanentes, tudo pertinho, em um território compacto. Para os brasileiros, uma grande vantagem do país dos kiwis em relação, por exemplo, com os Estados Unidos ou Canadá, é que você pode esquecer temperaturas em Fahrenheit, peso em libras, líquidos em galões, distâncias em milhas e tamanhos em pés e polegadas. Lá é tudo em bons e velhos metros, centímetros, quilômetros, quilos, litros e centígrados. Fica no Hemisfério Sul (tem até o Cruzeiro do Sul na bandeira), portanto é inverno em julho e verão em janeiro. A única, digamos, desvantagem, é dirigir do outro lado, mas você acostuma rápido, em dois dias. Um pouco mais complicado é ligar o limpador do párabrisa toda vez que se quer dar seta.


Não sei se, a essa altura do campeonato, você já entendeu o que é kiwi. Vamos por partes. Primeiro, kiwi, originalmente, é o nome de uma ave, do tamanho de uma galinha, que não voa, tem um bico fino e comprido e é símbolo da Nova Zelândia. A imagem dele está gravada na moeda de um dólar (do outro lado da moeda, está a efígie da rainha Elizabeth II, chefe de Estado da Nova Zelãndia, Austrália, Canadá, Bahamas, Guiana, Falklands, País de Gales, Irlanda do Norte, Escócia, Inglaterra e muitos outros lugares).
O kiwi parece que é peludo e tem hábitos noturnos: dorme 18 horas, acorda à noite, cisca alguma coisa para comer e volta a se esconder para dormir. Não incomoda ninguém. É dificílimo vê-lo. Mesmo porque, praticamente só existe em reservas ecológicas mantidas pelos próprios Maoris. 


Quem são os Maoris? São os "índios" da Nova Zelândia, que vieram de outros lugares, do Havaí e outras ilhas da Polinésia, por volta do ano 1300, apenas 500 anos antes dos europeus (holandeses, franceses e ingleses). Antes dos homens chegarem, New Zealand ("zea" é mar, em holandês) não tinha nenhum mamífero, apenas pássaros e lagartos. Não existem cobras na Nova Zelândia, pode andar no mato à vontade. 


Os homens trouxeram ratos (e depois, cachorros, gatos, porcos, ovelhas, cavalos, gado, enfim). Os homens dizimaram os Moas, aves de 3 metros de altura, sem asas, pesando 250 quilos de muita carne e sem inimigos naturais nas ilhas. Os ratos quase fizeram o mesmo com os kiwis (outras espécies de aves não tiveram a mesma sorte) e os tuataras. 


Os tuataras são um capítulo à parte. Parecem lagartos de até 75 centímetros de comprimento e até 1,2kg de peso, mas não são. Os cientistas já provaram por A mais B, que os tuataras têm características que os diferem dos lagartos: eles são fósseis vivos e vivem na Nova Zelândia há mais de 200 milhões de anos. São dinossauros. Eles precisam de uma temperatura ambiente entre 5 graus abaixo de zero e 25 graus centígrados para viver (mas podem viver também em temperatura abaixo de 5 graus negativos, hibernando). Os lagartos, de sangue frio, não suportam isso e detalhes dos dentes do tuatara são diferentes dos lagartos ou jacarés ou crocodilos. Não tem nada igual em outro lugar da Terra. Estima-se que, hoje, mais de 50 mil tuataras ainda vivam em santuários nas pequenas ilhas que circundam as duas ilhas principais da Nova Zelândia. Na língua dos Maoris, "tuatara" quer dizer "costas espinhosas".
Agora vamos falar da fruta kiwi. Ela existia na China, no vale do rio Yang-tse, há mais de 700 anos, sabe-se lá com que nome. Era pequena, uma espécie de uva, tanto é que a planta é uma parreira, como a uva. Em 1906 chegaram sementes da fruta na Nova Zelândia. O clima de lá fez bem para ela e ela ficou grandona, peluda, marrom, a cara do...kiwi, o pássaro. Daí ganhou o nome. Em 1962, passou a ser exportada para os Estados Unidos e depois para o mundo todo. Hoje, existem plantações de kiwis em outros lugares, como o Chile e o Brasil, em Santa Catarina, que não são tão grandes quantos as da Nova Zelândia, claro. Ela é a fruta comercial com o maior teor de vitamina C.


Depois da ave e da fruta, "kiwi" passou a se referir a tudo que é da Nova Zelândia, quem nasce lá, o "espírito de lá", o jeito de lá, como o hamburger especial do McDonald's de lá (que oferece emprego aos clientes no papel da bandeja: "Quer trabalhar aqui? Fale com o gerente."). O "kiwi Burger" inclui alface, beterraba (os kiwis põem beterraba em tudo) e ovo caipira, além do pão, carne e queijo. Vejam a embalagem, repleta de outros ícones do povo da Nova Zelândia:
No Brasil, onde tudo é mais devasso, "kiwi" é um homossexual masculino enrustido: por fora é peludo e rude, mas por dentro é frutinha.


Eu sempre me senti esquisito no Brasil. Me lembro de uma ocasião em que fui fazer compras no então supermercado Eldorado (comprado pelo Carrefour). Depois que paguei a compra no caixa é que percebi que não havia pago por uma caixa de leite (12 embalagens) que estava na parte de baixo do carrinho. Eu já estava saindo do mercado. O que eu fiz? Voltei, procurei o gerente e expliquei o ocorrido. Os funcionários ficaram irritados com o trabalho que eu dei para corrigir o problema, só faltaram dizer: "por que você não foi embora com o leite, seu tonto?"


Em outra ocasião, estávamos, a Vivian e eu, num bar na Zona Norte de São Paulo, quando começou uma briga. Voou cadeira. Todo mundo pulou fora e deu calote. Em algum momento, nós nos escondemos embaixo da mesa. Mas, depois que o perigo passou, continuamos calmamente na nossa mesa, comendo e bebendo, depois levantamos para pagar a conta. Fomos os únicos. O dono do bar nos agradeceu.


No Brasil faço parte dos tontos, dos esquisitos, dos manés. É difícil encontrar minha turma. Aqui, motorista de táxi que devolve dinheiro achado de passageiro é herói. Ser honesto, decente, não é normal. Normal é ser "eshperrto", levar vantagem, passar a perna.


Lá, na Nova Zelândia, me senti normal. Descobri que sou kiwi. Eu estava perdido do bando.
Minha esposa e o café da manhã no McDonald's da Nova Zelândia. Olha a decoração na espuma das xícaras, que capricho!



domingo, 5 de junho de 2011

O tio que pesa as frutas no mercado sabe


Já faz algum tempo, uns dois meses, o funcionário que estava pesando as frutas que comprava, no supermercado Futurama, na rua General Jardim, olhou para a minha camiseta, em que estava escrito "New Zealand" e disparou: "Nova Zelândia? Você já esteve lá? É lindo lá, né? Eles foram colonizados por ingleses, né?" Uma pergunta atrás da outra, rapidinho. Eu disse sim para tudo, quase que só balançando a cabeça, pego de surpresa, de olhos arregalados, fui saindo olhando espantado para o homem. 


Tem alunos meus de faculdade e, possivelmente, até colegas professores que não fazem ideia de onde fica a Nova Zelândia. Eu tenho um monte de camisetas, camisa polo, moleton, boné e, no mínimo, um broche de lapela com a bandeira e escrito "New Zealand", todo mundo que me conhece sabe do meu vício, mas são poucas as pessoas com o conhecimento do homem do supermercado ou que demonstram interesse


Desde então, selecionei um de meus muitos livretos sobre a Nova Zelândia, em português, com mapas, fotos lindíssimas e informações gerais, inclusive de rotas aéreas, e tenho levado comigo toda vez que vou àquele supermercado. Quero dá-lo ao homem. Mas o homem sumiu. Cada vez que vou, é um funcionário diferente que está na função de pesar as frutas. Não perguntei para os outros sobre ele porque vai ser difícil explicar o que eu quero com ele, não é cobrança, nem reclamação, ele não fez nada de errado. E também, só lembro que ele era moreno e tinha um bigodinho. Ainda tenho fé que vou reencontrá-lo. Não acho que tenha sido miragem nem um contato extraterrestre.


O livreto que pretendo dar para ele é um dos que eu pego às dúzias no Consulado da Nova Zelãndia, na Alameda Campinas, para, justamente, ajudar no trabalho deles de divulgar o país. Este ano ainda não fui lá. Fiquei meio bronqueado, no ano passado, quando a funcionária de lá me disse que só eu iria torcer para a seleção de futebol do país dela na Copa do Mundo realizada na África do Sul. 


Era a segunda vez em toda a história da Copa que a seleção da Nova Zelândia participaria da competição. A maioria dos jogadores eram amadores, um deles, bancário, pediu uma licença ao patrão no banco para poder representar o país na Copa. Outros três, estudavam nos Estados Unidos e jogavam em competições universitárias. Um dos três profissionais, jogava no único time de futebol da Nova Zelândia, o Wellington Phoenix. O time é aceito para participar do campeonato do país vizinho, a Austrália. Os outros dois jogadores profissionais, jogavam na Europa, em times da segunda divisão dos campeonatos da Inglaterra e da Holanda. Nenhum deles é milionário ou tem uma Ferrari ou tem contrato de publicidade com anunciantes de TV.


Pois foi esse timico que não perdeu um único jogo na África do Sul em 2010! Empatou todos! Foi 1x1 Eslováquia, 1x1 Itália e 0x0 Paraguai. No dia do jogo contra a Itália, o meu grito de goool destoou de todos os italianos que se reuniram, como eu com minha família, para assistir ao espetáculo no telão do O'Malley's (um pub irlandês, em São Paulo) bebericando uma Guinness. A Itália ficou com a cara no chão! A azurra ficou burra. Cheios de mega estrelas do Milan, do Roma, de não sei mais onde, um fiasco. Os Paraguaios também ficaram com a cara no chão, não conseguiram fazer nada. Os peitos da Larissa Riquelme arfafam, mas nada de sair um golzinho latinoamericano. 


Os gigantes (em valor, em brio, em raça, em amor ao país) da seleção da Nova Zelândia foram embora para casa invictos! Eu coloquei uma foto deles numa moldura e está na minha estante. Aliás, fiz dois porta-retratos e pensei em ir lá no consulado e doar um para aqueles infiéis, mas mudei de ideia e dei pro Sergião, que apresenta o programa FATV (Futebol Alternativo, na AllTV - www.alltv.com.br ), e ele o usa direto como parte do cenário, muito bem aproveitado.


Algumas pessoas que ficam sabendo da minha paixão pela Nova Zelândia (o "meu corinthians", comparativamente) me perguntam espantadas qual o motivo, o que a Nova Zelândia tem de tão bom. Eu vivo fazendo uma palestra a respeito em cada reunião familiar, sala de aula, conto tudo. Só o tio da fruta me pegou desprevenido, fiquei de boca aberta com ele. Você também quer saber? Eu conto mais numa próxima postagem, não perca. 


Por enquanto, fica assim: lá na foto de cima sou eu de boca aberta, dirigindo na faixa da esquerda pelas estradas da Nova Zelândia, sentado à direita do carro alugado, passando pelo vulcão Ngauruhoe e, abaixo, a foto da gloriosa que está no porta-retrato na minha estante, com orgulho.