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domingo, 17 de maio de 2015

N.I.

No último feriado de 1º de Maio, Dia do Trabalho, fomos a Dois Córregos visitar nossos amigos Tanise e Edson e o recém nascido Erik. Durante uma parte do caminho, vimos algo estranho no céu, um dia muito claro, por volta de 4 horas da tarde. 


Ao chegarmos lá, em volta de uma pizza, à noite, comentei: vimos um OVNI na estrada. Prontamente minha esposa me contestou: "como você pode afirmar, com certeza, que era VOADOR?" 


Tudo bem, para poder prosseguir com meu relato, abandonei o "V". Então, vimos um ONI. Novamente, ela interceptou meu raciocínio: "como você pode ter certeza que era um OBJETO?" 


Eu me senti um jornalista na época da ditadura com um censor sentado ao meu lado me impedindo de contar um história. Mas tudo bem, ainda me sobraram duas letras, N.I. (não identificado). Que bom que eu escrevo em português, veja o lado bom: se eu escrevesse na minha outra língua, inglês, de UFO (Unidentified Flying Object), só me sobraria uma letra, "U". 


Quem sou eu para contestar uma cientista cética, sendo eu apenas um curioso crédulo? Ironicamente, quando o assunto é religião temos, em casa, uma situação exatamente oposta. E talvez, um dia, todos nós cheguemos à conclusão que é tudo a mesma coisa: ETs e anjos, Deus e interferência cósmica. Mas isso é assunto para outro dia. Depois de esclarecer o que é NI, vamos, finalmente, aos fatos.


Nós saímos de São Paulo pela rodovia Bandeirantes até Rio Claro, viramos à esquerda até Brotas. Foi depois de uma parada em uma lanchonete na estrada, perto de Brotas, que eu, o motorista, vi, no céu azul das 4 da tarde, uma faixa branca e reta à minha esquerda, um pouco à frente do carro. 

Era como uma barra branca. Como uma lâmpada dessas fluorescentes, lá no céu, em pleno dia. Não era nuvem, não era rastro de fumaça de algum avião a jato. Muito esquisito.

Então, chamei a atenção da minha esposa, sentada no banco do passageiro ao meu lado direito, perguntei se ela estava vendo aquilo. Ela respondeu que não só estava vendo aquela faixa de luz branca à esquerda como também outra mais à direita, bem à nossa frente. Foi quando meu filho, de 6 anos, sentado no banco traseiro, disse que estava vendo uma terceira faixa lááá na frente. Verdade. Eram três. 

Fiquei na dúvida se nós três não estávamos vendo algum reflexo nos vidros do carro. Mas aí, uma nuvem passou bloqueando parcialmente a nossa visão do NI. Ainda era visível, mas ficou evidente que estava acima da nuvem. 


O NI foi visto se movimentando no céu em uma única direção, seguindo no alto à nossa frente e se distanciando. Mais ou menos quando viramos à direita em Torrinha, para seguirmos a estrada para Dois Córregos, perdemos o NI de vista. O NI parece ter seguido para outra direção ou nos deixou para trás. Todo o contato durou cerca de 10 minutos do trajeto da viagem. 


Como somos da idade da pedra e ninguém teve a ideia de pegar um celular pra fotografar ou filmar (apesar que eu estava com as mãos ocupadas dirigindo), eu fiz aí uma "concepção artística" do que vimos no céu azul das 4 da tarde, se movimentando à nossa frente na estrada, pendendo um pouco para a esquerda. Minha esposa fez a seguinte observação: "parecem janelas abertas no céu".

Quando uma nuvem passou por baixo do NI (mas continuamos tendo visão do "fenômeno" - não confunda com o Ronaldo), tivemos certeza que era algo lááá em cima, mais alto que as nuvens. O tempo todo os três riscos brancos no céu seguiam na mesma formação, sem se distanciar ou se aproximar um do outro. Fiquei imaginando se eram três NIs se movimentando em formação triangular ou um único NI em formato de triângulo do qual só víamos as luzes das pontas.
Imaginação existe pra gente usar, não é mesmo? Então fiquei imaginando se seriam três NIs voando - ops - se movimentando em formação triangular à nossa frente na estrada...
...ou um único NI grandão em formato de triângulo lá, acima das nuvens, nos fazendo companhia na estrada entre Brotas e Torrinha... e invisível, quer dizer, quase.
Não é preciso imaginar extraterrestres para conceber um objeto voador em forma de triângulo que fique invisível: os EUA têm o Stealth.
E não é um só não. Esses aí da foto acima, o F-117, está em serviço desde outubro de 1983, faz 31 anos. Uma versão um pouco mais nova, o B-2, entrou em operação em 1989, sendo que existem 21 unidades. Só tem um problema: eles não são invisíveis ao olho humano. Apenas não são detectados pelos radares.
Descartado o Stealth, a imaginação não tem limites: fica valendo imaginar... 

...qualquer coisa que una três riscos brilhantes no céu e faça o truque de ficar semi invisível.
Procurando na internet, para ver se o que vimos no interior de São Paulo no 1º de maio, se parecia com alguma coisa já vista antes, consegui essa foto aí, tirada no dia 10 de outubro de 2011, na cidade de Pleasanton, California, EUA, à meia-noite e meia. Foi isso que vimos, só que multiplicado por três e em pleno céu azul da luz do dia.

E isso é tudo que sei sobre o NI que vimos na estrada, à nossa frente, ligeiramente à esquerda, no dia 1/05/2015, entre Brotas e Torrinha, por volta de 16h, dia claro, céu muito azul. Depois de uns 10 minutos que viajamos "juntos", o NI se distanciou, seguindo mais rápido à frente e sumiu.

Foi o segundo NI da minha vida. Tenho outra história pra contar. 

Foi em algum sábado de 1980 lá em Nova Granada. Eu não lembro o dia certo agora. A data exata está em um recorte do jornal da vizinha cidade de São José do Rio Preto, Dia e Noite (onde trabalhei como chargista diário), que traz a manchete: "Disco voador agita o sábado em Nova Granada". Juro que não fui eu quem escreveu o texto. E no texto conta que a cidade de Nhandeara (veja mapa) também teve a mesma experiência. O recorte do jornal está nos meus arquivos que estão temporariamente com o Chico Amaro lá em Londrina (PR).
Novamente, você vai ter de se contentar com uma "concepção artística", pois se em maio de 2015 duas pessoas, uma delas jornalista, não tiveram a ideia de sacar o celular e fotografar ou filmar um fenômeno na estrada, em 1980, em Nova Granada, provavelmente eu só tinha minha Kodak Instamatic sem filme. Eu tinha meus 20 ou 21 anos de idade.

Imagine que isso aí é o céu azul de Nova Granada numa manhã de sábado e um "queijo" está lá em cima, redondão, brancão (mas opaco, não brilhante) e não era o Sol nem a Lua. Parado. A cidade inteira saiu na rua pra olhar pra cima (acho que menos minha mãe, que nunca sai de casa pra nada mesmo). Já estava dando dor no pescoço de ficar olhando fixo pro céu, monótono, sem acontecer nada, sem abdução, sem movimentos sinistros, sem sons de apitos, sem "nós viemos em paz", muita gente desistiu, foi embora pra casa, almoçar, tocar a vida.

De vez em quando, se espiava pela janela para ver se o troço ainda tava lá. Tava. Ou perguntava pra alguém que estivesse na rua: "o trem ainda tá lá em cima, cumpadi?" "Inda tá lá, uai!" (Nova Granada tem muita influência de MG). Nem sei quando o Ni foi embora. Mas ficou lá em cima da cidade um tempão, horas e horas, em pleno dia. E depois a gente ficou sabendo pelo jornal de Rio Preto que a população de Nhandeara também foi agraciada com aquele "entretenimento" no céu.

Além do NI que deu o ar da graça em Nova Granada (que eu vi) e Nhandeara (segundo o jornal de São José do Rio Preto) naquele sabadão, teve outros dois por volta da mesma época. Ou era sempre o mesmo NI em turnê, vai saber. Os outros dois relatos não aconteceram comigo, mas com pessoas da cidade que eu conhecia.

Vou preservar os nomes. Uma senhora, dona de uma loja em Nova Granada e residente em São José do Rio Preto, em um início de noite, depois de fechar a loja, na estrada indo para Rio Preto, dirigindo seu carro, sozinha, de repente, toda a energia do carro parou, as luzes, o rádio, o carro morreu no meio da estrada. Ela deixou o carro "escorrer" para o acostamento.

Foi quando ela olhou para cima, para o céu e viu uma luz forte, alguma coisa iluminada, bem em cima do carro. Ela contou que ficou quietinha, rezando, encolhida dentro do carro, esperando. Ela não sabia dizer quanto tempo se passou. Aí, o rádio voltou a funcionar, as luzes do carro voltaram a acender. A luz que esteve em cima do carro tinha ido embora e o carro voltou a funcionar. Ela ligou o carro e retomou a viagem.

Só que, no dia seguinte, a loja dela não reabriu as portas em Nova Granada como era hábito, e todo mundo ficou se perguntando o que teria acontecido com a dona. Devido ao nervosismo que passou, ela precisou descansar. Só depois correu a "notícia" na cidade pequena (18 mil habitantes) do que tinha acontecido.

O outro caso foi idêntico, mas para outro lado e com um homem. Ele morava em Onda Branca, distrito de Nova Granada, e na estrada entre a sede e o distrito, de noite, teve o mesmo incidente de falta de energia geral em seu carro enquanto uma luz estranha pairava em cima. 
E em 1985 ou 1986, morando em Londrina (PR), eu me lembro de ter ficado impressionado com uma notícia na primeira página do jornal Folha de S. Paulo (que eu assinava) contando de um vôo da VASP que foi acompanhado por 22 NIs, vindo de algum lugar até chegar em São Paulo, sob o testemunho da tripulação e passageiros, que abriram as cortininhas e ficaram simplesmente assistindo o "balé" dos NIs ao lado do avião em pleno vôo, já que não havia mais nada que pudessem fazer. 

O problema é que eu não sei onde eu enfiei aquele jornal, nas pilhas e pilhas de papel velho que carreguei para vários endereços para onde mudei. Já procurei isso no Google e não achei. E olha que não foi "café pequeno": foram 22 vistos por um avião inteiro e a notícia deu primeira página da Folha!! Eu fiz até charge para o Paraná Shimbun (jornal da comunidade japonesa em Londrina - que deve estar no arquivo que está com o Chico) fazendo uma relação com os 22 convocados para a Seleção Brasileira, outro assunto que ocupava os jornais na época.

Tirem suas conclusões.