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domingo, 17 de abril de 2011

ENCONTREI JESUS! Acho...

Se alguém aí conhece a pessoa da foto, favor entrar em contato. Foi encontrado sem nome ou outra identificação.


Era meia-noite, numa quinta-feira, estávamos chegando do cinema (fomos assistir "O Discurso do Rei") na garagem do nosso prédio, quando, ao abrir a porta do carro, vi um pedacinho de papel branco no chão. Me abaixei, peguei o papelzinho, virei o outro lado e tinha essa foto aí. Mostrei para minha mulher e ela disse "é Jesus". 


Se ela estiver mesmo certa, eu encontrei Jesus, de cabeça para baixo, à meia-noite de uma quinta-feira, na garagem de um condomínio na Bela Vista, em São Paulo, Brasil. Eu precisava contar isso para o mundo.


É interessante como algumas pessoas conseguem identificar o rosto de um homem que viveu na Palestina há dois mil e onze anos e fazer um retrato falado dele, já que ele não posou oficialmente para nenhum retratista da época. Adivinhação por adivinhação, os cientistas fizeram um estudo de como seria um homem semita (judeu) nascido na Galiléia naquela época, baseando-se em traços comuns a habitantes da região até hoje, e chegaram à seguinte conclusão:
Ou seja, o Nazareno, muito provavelmente, estava mais para Lula do que para John Lennon. Loiro, olhos azuis? Improvável. Os europeus acharam conveniente imaginar Jesus com uma aparência com a qual eles se identificassem. Um Lula nazareno poderia provocar medo ou outras reações adversas ao invés de atrair adeptos para o cristianismo. Puro marketing. Os cristãos, literalmente, douraram a pílula. E o negócio prosperou. Ou você carregaria um "santinho" com a imagem do Lula de Nazaré na carteira?


Religião é um negócio como qualquer outro. Livros, hóstia, vinho, decoração litúrgica, batinas, rosários, estátuas, medalhinhas, correntinhas, crucifixos, pedacinho de madeira da cruz, pedrinha do mudo das lamentações, pedregulho recolhido da rua do calvário, água benta, quadros com gravuras de santos e anjos e outras "cositas más" estão na categoria de bens. Aconselhamentos, casamentos, batizados, unções, exorcismos, programas de rádio e televisão, publicações, disseminação de valores morais e orientação política, concorrem no setor de serviços. 


Muita gente ganha a vida com isso. Além das próprias igrejas e seus profissinais, há lojas especializadas nesses artigos, editoras que faturam alto com publicações religiosas, locutores que simulam uma "voz sacra" e assim por diante. Nada contra. Na mesma rua podem haver vários barbeiros e você escolher um. Você pode gostar mais da padaria de uma esquina do que de outra, por algum motivo íntimo qualquer.


O Jesus, no entanto, conforme foi descrito nos evangelhos, parece que não tinha qualquer preocupação com a própria aparência, não usava correntinhas e medalhinhas, não cobrava pelos serviços e ainda distribuia pães, peixes, vinho, tudo. Um absurdo, tanto para os judeus quanto para os romanos, e, pelo visto, até hoje. A maioria dos cristãos, portanto, não segue o que esse homem fazia. Ele era praticamente comunista, inconveniente para todo mundo. Difícil de engolir.


Como esse comportamento de Jesus não era normal, era melhor mostrar uma distância beeem grande entre ele e nós, 6 milhões de humanos: ele ressuscitou. O cristianismo usou esse argumento de propaganda para "pegar": todo mundo morre, Jesus não, então não dá para ser igual a ele e fazer o que ele fazia. Ele não é deste mundo.


Bobagem. Falta pouco para os arqueólogos do Discovery Channel encontrarem o túmulo com os ossos de Jesus, se já não acharam e foram "abafados". Tolice. Eu sigo Walt Disney desde criancinha e não estou preocupado que ele esteja realmente morto desde 1966. No dia em que ele morreu, eu tinha 7 anos, meu pai leu para mim a notícia, logo cedo, na primeira página da Folha de S. Paulo, e eu passei mal, tive febre alta instantânea, o médico foi chamado e me deu um atestado que eu estava impossibilitado de ir à escola. A filosofia de Disney era (é): 1) fazer todo mundo feliz; 2) fazer os adultos se sentirem como crianças. Perfeito. Só dois mandamentos. Tomara que dure dois mil anos, mesmo ele não tendo ressuscitado. Para muitos, Elvis também não morreu.


Eu acredito que resumir a importância de Jesus a "ele morreu ou não morreu" é do nível intelectual de um programa de auditório. Não há necessidade de se acreditar nisso para acreditar nele. É possível acreditar na mensagem sem as invenções humanas, incluindo a foto encontrada na minha garagem. Eu entendo, no entanto, o simbolismo, o valor de um "suvenir". Eu carrego uma pedrinha na carteira que apanhei de um lago na Nova Zelândia, porque eu gostei de lá. Jesus pode ser representado por uma pedrinha. O que importa é aqui dentro.













4 comentários:

  1. Qué isso Ralfão ! Olha a Descrição de Jesus aí:

    http://www.saindodamatrix.com.br/archives/2005/05/publius_lentulu.html

    hehehe bjs Gi

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  2. Cara se Jesus existe ou não, não posso te convencer.
    Mas uma coisa tenho certeza os ensinamentos e promessas que existem a cerca dele, são "propostas" muito boas. Se eu levar minha vida como cristão, que sou, ele promete vida eterna, "ou vida após a morte como preferir", mas agora pense nisso: Se eu morrer e não existir essa vida após a morte, creio que não perdi nada na minha vida terrena, e sim tive uma vida digna, mas e se realmente existir essa vida eterna, e eu não acreditei? Então o que você prefere acreditar, Jesus pelo menos ofecere uma esperança para nosso futuro. Pensa nisso.

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