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quarta-feira, 6 de julho de 2016

SE O PASSADO NÃO FOSSE TÃO PRESENTE DAVA PRA VER FUTURO

Em 1959, eu nasci. No ano seguinte, nasceu Brasília. A gente tem essa ligação, apesar de eu só ter pisado lá umas duas ou três vezes. Não tem um dia que eu não acorde sem querer saber notícias de lá. 

Quando a cidade foi construída e a capital federal transferida do Rio de Janeiro pra lá, o presidente era o mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira (o JK) e o vice-presidente era o gaúcho João Belchior Goulart (O Jango), eleitos separadamente. Naquela época, presidente e vice não formavam uma chapa e tinham cada um sua votação própria. O vice não "pegava carona" com o titular e tinha seus próprios eleitores, de modo que, com o resultado da eleição, tinham que trabalhar juntos sem ter formado uma dupla antes, sem coligação partidária, sem um ter "puxado voto" pro outro.
JK e Jango.
Nas eleições seguintes, Jango foi eleito de novo vice-presidente (ele tinha sido antes Ministro do Trabalho do conterrâneo Getúlio Dornelles Vargas, e foi quem implantou a CLT e o salário mínimo). O presidente eleito, também independentemente do vice, foi o matogrossense do sul Jânio da Silva Quadros. 

Jânio renunciou em sete meses. Nesse tempo, ele proibiu o uso de biquinis nas praias brasileiras, proibiu rinha de briga de galos e recebeu o guerrilheiro Ernesto "Che" Guevara (médico argentino que lutou na revolução cubana) e o condecorou com a medalha da Ordem do Cruzeiro do Sul. Deve ter sido uma dessas decisões que o antipatizou com "as forças ocultas", como ele disse, que o forçaram a renunciar. 

Provavelmente as "forças ocultas" foram (e continuam sendo) uma mistura de elite (donos de terras e indústrias), mídia, militares, instituições financeiras, empresas multinacionais e embaixada dos Estados Unidos da América. Os conservadores.

Jango estava em viagem oficial na China. Jango era um homem de grande visão, um pioneiro. As mesmas "forças" se amotinaram e se recusaram a empossá-lo na presidência. Hoje, o mundo inteiro quer fazer um negócio da China. Mas, naquela época, os chineses eram os comunistas amarelos. Isso deixava as "forças" de cabelo em pé. Era um tempo de comunismo mais colorido: os soviéticos (a Rússia e muitos países do seu entorno e do leste da Europa) eram os vermelhos e os cubanos viviam de farda verde. 
A China continua sendo uma ditadura de partido único chamado comunista, assim como Cuba, mas tem muito dinheiro, então tudo bem. Todo mundo tem coisas fabricadas na China e isso não é problema. É difícil encontrar alguma coisa nas lojas dos EUA que não seja feito na China por trabalhadores que ganham uma titica e trabalham o dia inteiro. A China tem uma população gigante de 1,3 bilhões, então existe muita concorrência, muita gente querendo um emprego. As condições trabalhistas são desumanas. "Descaninas" também, pois tudo precisa virar comida. Assim, as coisas fabricadas na China são muito mais baratas do que em qualquer país. Com isso, a China desemprega trabalhadores de fábricas de tudo em todos os outros países. Fábricas de brinquedos, de instrumentos musicais, de torneiras, de lâmpadas, de talheres, de tecidos, de calçados, fecham suas portas nos EUA, na Europa e no Brasil. Esses empregos são exportados pra China e ficam só os dos serviços financeiros e do comércio, concorrendo com uma loja xingling do lado. Se o dinheiro continuar fluindo, ninguém se incomoda com esse modelo estranho de comunismo, imprevisto por Marx.

Jango não podia voltar pro Brasil e ser preso no aeroporto pelo juiz Sérgio Moro.. ops! Então ele ficou lá esperando alguém resolver o impasse. Aí as "forças" chegaram num acordo: Jango poderia voltar e ser presidente desde que o regime de governo brasileiro, em 1961, não fosse mais presidencialista como vinha sendo desde 1889 (incluindo os períodos, somados, de 18,5 anos do Getúlio, quando criou a Eletrobrás e a Petrobrás e a Siderúrgica Nacional e os direitos trabalhistas, tudo com muita torcida contra, claro). Inventaram um parlamentarismo de ocasião, com Tancredo Neves (que havia sido Ministro da Justiça do Getúlio) como Primeiro-Ministro, para o Jango ser um presidente menor, com poderes limitados.

Mas a gambiarra durou só dois anos.  Em 1963 um plebiscito, apoiado pelos sindicatos, restaurou o presidencialismo e Jango criou o 13° salário. O jornal carioca O Globo detonou o Jango em editorialão na primeira página. Para Roberto Marinho, Jango era um irresponsável, criando dificuldades para as empresas brasileiras e estrangeiras (na verdade, estas últimas é que importavam), sendo um absurdo os brasileiros trabalhadores trabalharem 12 meses e receberem um mês a mais. Os jornais de São Paulo, Estadão e Folha, foram no mesmo caminho que O Globo mandou. 


Jango chutou o pau da barraca: disse em um discurso em praça pública que iria promover a reforma agrária, distribuir a terra de quem tem muita a camponeses que não tinha nenhuma. E ainda proibiu minha chupeta: minha mãe disse que o presidente Jango proibiu a venda de chupetas pra crianças da minha idade. Quando minha última se arrebentou, eu entreguei os restos mortais e me conformei, afinal, meu dever cívico com minha pátria em primeiro lugar.

Aí os jornais, motivados pelas "forças", convenceram a classe média que as ideias do Jango eram ruins para o país que eles queriam e os coxinhas foram para a rua bater panela, com camisa da seleção, capitaneados pela Liga das Senhoras Católicas e a TFP, que eram os Revoltados Online e o MBL da época. 
Descontados os erros, pois ninguém é perfeito, eles entraram para a História do Brasil como quem: criou a Companhia Siderúrgica Nacional, a Petrobrás, a Eletrobrás, a Consolidação das Leis do Trabalho, o salário mínimo (Getúlio), Brasília e entrada das indústrias automobilísticas (JK), criação do 13° salário e primeira aproximação comercial com a China (Jango), erradicação do Brasil do mapa mundial da fome da ONU, com programas sociais como Fome Zero e Bolsa Família, criação de 18 universidades federais, facilitação de acesso à educação superior, com FIES, ProUni, Pronatec e Ciência Sem Fronteiras, quitação da dívida com o FMI que se arrastava desde a construção de Brasília e triplicada no governo anterior durante a implantação do Plano Real, descoberta de reservas petrolíferas avaliadas em 20 trilhões de dólares, inserção do Brasil nas reuniões do G20, formação do grupo político-econômico BRICS (com Rússia, Índia, China e África do Sul), estreitamento de relacionamento com Mercosul, Unasul, OEA, Caribe, África e Oriente Médio, e vinda da Copa do Mundo de Futebol para o Brasil, pela segunda vez na história, e das Olimpíadas pela segunda vez no Hemisfério Sul (Lula, que foi eleito duas vezes e elegeu sua sucessora também duas vezes, a primeira mulher na Presidência).
Jango estava em território nacional, no Rio Grande do Sul, em pleno exercício do cargo de presidente do Brasil, quando o presidente do Congresso, Auro Soares de Moura Andrade, paulista de Barretos, falou ao microfone "declaro vaga a Presidência da República" e instantaneamente deu posse no poder executivo, temporariamente, ao presidente da Câmara, Ranieri Mazzilli, que repassou o cargo, 26 dias depois, ao primeiro de 5 ditadores militares que se sucederam, o cearense, marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. 

Estava tudo combinado. Os EUA mandaram uma frota naval ficar rente à costa brasileira, com seus canhões apontando para nossa terra, para dar apoio aos militares e civis da mídia e elite e garantir que não houvesse resistência. O golpe foi no dia primeiro de abril, mas fajutaram a História, para que não virasse piada pronta: escreveram nos livros escolares que a "Revolução" (como foi chamado o "impeachment" naqueles tempos) começou no dia anterior, 31 de março de 1964. Tem muita gente tonta que continua chamando aquilo de revolução até hoje. Pior: tem gente que quer que aqueles tempos voltem. Pura ignorância, desinformação ou mau-caratismo. Os mesmos motivos de quem defende impeachment hoje.

O cunhado do Jango (casado com a irmã dele), governador do Rio Grande do Sul, Leonel de Moura Brizola, ficou tão perplexo quanto o presidente pelo descaramento do golpe e se ofereceu, com a Brigada do Sul, a resistir. Mas Jango recusou a ajuda, dizendo que não queria ter derramamento de sangue brasileiro em sua biografia, e se mandou pra sua fazenda no Uruguai. 

Brizola, cassado, teve que ir também, mas os militares brasileiros o perseguiram mesmo no país vizinho e Leonel teve de se exilar mais longe: surpreendentemente, os EUA lhe concederam exílio. Mas depois, foi pra Portugal. Só pode voltar ao Brasil dali 15 anos, no final de 1979, para fundar o PDT e peitar a Globo (esta é outra história) para ser governador, por duas vezes, do Estado do Rio de Janeiro. Único caso na história brasileira de um político que tenha sido governador de dois estados. Brizola morreu em 2004, aos 82, de problemas cardíacos.

Quanto a João Goulart, morreu aos 57 anos quando estava no interior da Argentina, em Corrientes, em 1976, oficialmente, de ataque cardíaco. Existe uma teoria conspiratória de que ele teria sido envenenado. Não houve autópsia antes do sepultamento. Existe um livro que denuncia uma série de mortes semelhantes de políticos, escritores e jornalistas dos países do sul do continente que incomodavam as ditaduras da região. Era conhecida como Operação Condor a atividade conjunta de agentes secretos das ditaduras militares de Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Bolívia e Brasil, com apoio da CIA, dos EUA. 

Juscelino Kubitschek, que também teve seus direitos políticos cassados, também morreu no mesmo ano de 1976 em um acidente de carro suspeito. E também em 1976, Zuzu Angel foi morta: essa é uma história de arrepiar. Parece que 1976 foi barra pesadíssima. 

Apenas três anos depois, o ditador Figueiredo impôs uma linda Lei da Anistia: botava-se uma pedra em cima de tudo que aconteceu e estava todo mundo perdoado. Todos os políticos cassados e exilados, como Brizola, Miguel Arraes, Serra, FHC e Gabeira poderiam voltar para o Brasil. E todos os que sequestraram, torturaram, mataram e desapareceram com pessoas civis estavam perdoados tanto quanto quem sobrou inteiro. As famílias do Vladimir Herzog e do Rubens Paiva tinham mais é que comemorar, não é? Da mesma forma os indígenas que sobreviveram ao ataque da Força Aérea a sua aldeia, matando milhares, para que saíssem do caminho para a construção da Rodovia Transamazônica, estavam anistiados. 

Essas coisas não eram contadas nos livros das escolas, nem nos jornais e revistas, e muito menos no rádio e na tevê, já que a mídia foi co-responsável pelo golpe e apoiava a ditadura. Muitos ganharam concessões de TV e rádio pra isso mesmo, como a Globo, em 1965. Mas essa é uma história muito mais longa e escabrosa (tem vários trabalhos universitários e livros a respeito, sendo o mais recente, "O Quarto Poder", do Paulo Henrique Amorim). Essa lavagem cerebral produziu desmemoriados e uma massa cheirosa de zumbis microcéfalos vestidos com a camisa da impoluta CBF e batendo panela, com bobos alegres seguindo atrás, sem noção, num efeito manada.

E agora Jango virou nome do Minhocão: a Câmara de Vereadores de São Paulo acaba de mudar o nome do Elevado Costa e Silva, nome de ditador militar, para Elevado João Goulart. Não vejo a hora da Assembleia Legislativa seguir o exemplo e mudar o nome da Rodovia Castelo Branco. Pelo menos isso. Na Argentina e no Chile, os golpistas sanguinários, torturadores, assassinos, não tiveram a piada da Lei da Anistia: foram julgados, condenados e cumpriram pena. E não são só os que ocuparam a presidência, mas também a matilha de torturadores, médicos legistas coniventes, jornalistas chapas-brancas, empresários financiadores e mamadores, clérigos, toda a porcaria. No Brasil, foram homenageados, dando seu nome até a hospitais! Se ainda fossem nome de açougue ou cemitério, vá lá!
Talvez a maior qualidade e o maior defeito do Lula sejam a mesma coisa: pragmatismo. Até 2001, o Lula sindicalista fazia cara feia e falava duro, era o "sapo barbudo que as elites tinham que engolir", na criação homérica de Brizola. Mário Amato, o Skaf da sempre golpista FIESP da época, ameaçou o Brasil e disse que se Lula fosse eleito presidente, "800 empresários sairiam do País". Ele não contava com a astúcia. "Lulinha Paz e Amor" atacou com sorrisos fartos, apertos de mão, abraços e muita, muita, muita conversa na maciota. Lula virou flex. Foi no velório do Roberto Marinho (golpista e esbulhador do País desde outros carnavais e aquele que mandou manipular o debate em 1989 pra favorecer o Collor) e chorou ao lado do caixão e decretou três dias de luto oficial do Estado. Deixou os bancos e as multinacionais à vontade para terem muuuito lucro, entendendo que a felicidade deles geraria muitos empregos e impostos para dar felicidade também ao andar de baixo, acabar com a fome e a miséria, fazer SAMU, SUS, universidades, levar água pro sertão com a transposição do rio São Francisco, promover o Brasil e as empresas brasileiras aos quatro cantos do mundo, como um caixeiro viajante, simpático, conciliador, falando com Bush, Fidel, Obama, Ahmadinejad, Chaves, Maluf, Aécio (governador de MG), Alckmin, Hollywood (documentário de Oliver Stone, desenho animado de South Park e de Simpsons), Pravda, Granma, Folha de S. Paulo, Deus e o Diabo na Terra do Sol. Nesse aspecto, parecia a ressurreição de Tancredo Neves (este é outra história). E talvez o seu maior erro foi acreditar que seria aceito sem peitar ninguém.  Para os donos da mídia e da FIESP, por exemplo, ele será eternamente o nordestino pobre e sem estudo e sem um dedo que tomou o poder deles, que ocupavam havia 500 anos, e ficou onde não deveria ter ido. E ainda fez sua sucessora, duas vezes seguidas, além do prefeito justamente da capital de São Paulo três vezes! O resultado? Ódio. Uma campanha acirrada inescrupulosa contra ele, a família e amigos, valendo qualquer mentira, qualquer boato, que só vai terminar quando ele morrer ou matarem-no.

Os militares só largaram o osso, em 1985, quando se cansaram. Mas, em conluio com a Globo, impediram que o povo pudesse votar. Vai que o voto saísse do controle e fosse eleito alguém do gosto do povo, como o Brizola, como governador do RJ, em 1982. Então inventaram uma eleição indireta, em que parlamentares que foram eleitos pelo povo escolhiam o Presidente da República. Parecido com o que fizeram agora, de novo, com o Temer, que só recebeu, com certeza, dois votos: o dele mesmo e o de sua recatada e do lar.

O Brasil tem essa estranha inação psicológica: um caso raro de independência sem guerra contra os colorizadores, golpes e derrubadas do governo se sucedem periodicamente e a vida continua normal, os ditadores entram e saem quando têm vontade, golpistas não são condenados e voltam sempre do mesmo jeito, acusando alguém de corrupção para obter a atenção momentânea dos alienados padrões e poderem seguir com suas próprias falcatruas e privilégios eternos. 

Em 1985, a tal eleição indireta escolheu Tancredo Neves e preteriu Paulo Maluf. Sem novidades: embora Maluf fosse da ARENA, renomeado PDS, o partido inventado pelos militares que estavam no poder desde 1964, e Tancredo fosse do PMDB, a Globo apostou nele. Ele fazia oposição aos militares, mas era "flex", palatável pelas elites globais. Mas morreu antes de tomar posse, de problemas de saúde, sob cobertura da Globo minuto a minuto, direto do hospital onde ele agonizava. Assumiu seu vice, também do PMDB, o senhor do Maranhão e Amapá, escritor consagrado da Academia Brasileira de Letras, José Ribamar Ferreira de Araújo Costa.  

Jose Sarney, como preferiu ser lembrado na história, ficou popular com seu bigodão 
discursando na tevê aos "brasileiros e brasileiras", anunciando corte de zeros no dinheiro que já tinha se chamado Cruzeiro (Cr$) e mudou de nome para Cruzeiro Novo (NCr$), pra virar Cruzado (C$), depois cortou mais zeros pra se chamar Cruzado Novo (NC$) e levar uma surra da inflação de 80% ao mês, chegando a valer, na realidade, uma Merreca (-M$). 

As pessoas que trabalhavam, faziam filas nos supermercados, com vários carrinhos cheios, comprando tudo que o salário desse no mesmo dia que o recebiam, antes que os preços fossem remarcados e perdessem poder de compra. Havia uma corrida frenética nas lojas pra ver quem chegava primeiro nos produtos: o consumidor ou o funcionário com a maquininha de mudança de etiqueta de preços. O governo resolveu tabelar preços e pedir aos próprios consumidores para serem "fiscais do Cruzado" e denunciar lojistas fora da lei. O tabelamento não supria as necessidades dos fornecedores, que passaram a sonegar produtos. As prateleiras apareceram vazias. Parecia a Venezuela. Sarney, esse bolivariano! Já as pessoas que não trabalhavam, ganhavam dinheiro dormindo: aplicavam seu rico dinheirinho no banco num serviço chamado "overnight" e o pegavam na manhã do dia seguinte engordado, limpinho e cheiroso.

Dilma Vana Rousseff, filha de imigrantes búlgados, nascida em BH, não tem meias palavras, não tem jeitinho, não é flex, não faz jogo, não entra em esquemas. Por isso nunca foi política. Foi a única eleita para a presidência a lutar contra a ditadura militar-civil de modo radical. Foi guerrilheira. Ela é prática. Falar não é seu forte. Lutava pela restauração da democracia que nos foi roubada de todos nós. Lutou por nós. Aos 22 anos foi presa e aguentou firme 3 anos de tortura, quando teve o maxilar deslocado por socos de seus torturadores, sem abrir o bico, sem dedar, sem delatar nenhum companheiro, nada. Uma rocha. Depois que saiu da prisão, recomeçou a vida longe de Minas, em Porto Alegre. Foi casada duas vezes, tem uma filha e dois netos. Entrou para o PDT do Brizola e, economista, ocupou cargos públicos na prefeitura de PoA e no governo do RS até ser notada pelo Lula. Ele a convidou para ocupar ministérios no governo federal e no Conselho da Petrobrás e ela mudou de partido, para o PT (mas nunca perdeu a inflexibilidade brizolista). Ela chegou causando ciúme geral na mulherada, Marta Suplicy, Marina Silva, talvez até Luiza Erundina e Heloisa Helena, sabe como são as mulheres com a concorrência! O que que o Lula viu naquela sirigaita?

Com o desastre do Sarney, a Abril e a Globo lançaram o "caçador de marajás" pra ver se colava e os coxinhas e abilolados, seu público fiel, de novo, engoliu mais essa besteira. 

Brizola perdeu no primeiro turno da degola, em 1989, e, a contra-gosto, apoiou Lula no segundo turno levando para ele seus eleitores. Briza achava que Lula não era comprometido com ideologia como ele, e tinha razão. Embora ambos tenham nascido muito pobres, Brizola estudou, leu muito, se tornou advogado, ficou cheio de ideias. Lula continuou sentindo seu estômago e entendendo o que o povão sentia, do que o povão precisava, sem ideologia que não fosse meramente melhores condições de trabalho e dignidade, os fins justificando os meios para chegar lá.

A manipulação do debate final entre Lula e Collor já foi admitida até pelo Boni, então vamos em frente. O caçador de marajás era um marajá, uma farsa total, e confiscou o dinheiro das contas bancária e da POUPANÇA de todo mundo. Não respeito nem poupança, ô povo feito de besta! Enfiaram na cabeça do eleitor que o Lula era comunista e, se ele ganhasse, quem tivesse um quarto vago em casa, ia ser obrigado a dividir com uma outra família de bolivarianos.

Quando Collor renunciou (para evitar o impeachment e perder seus direitos políticos por 8 anos), sua ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Melo, "efetivamente" (que era o cacoete dela quando anunciava na tevê mais um disparate contra o povo) se casou com o humorista Chico Anysio e o vice-presidente, Itamar Franco, do PMDB, assumiu e chamou o sociólogo Fernando Henrique Cardoso para ser ministro da Fazenda, depois substituído por Rubens Ricúpero e também Ciro Gomes. E fizeram o Plano Real.

"Aqui jaz a moeda que acumulou, de julho de 1965 a junho de 1994, uma inflação de 1,1 quatrilhão por cento. Sim, inflação de 16 dígitos, em três décadas. Ou precisamente, um IGP-DI de 1.142.332.741.811.850%. Dá para decorar? Perdemos a noção disso porque realizamos quatro reformas monetárias no período e em cada uma delas deletamos três dígitos da moeda nacional. Um descarte de 12 dígitos no período. Caso único no mundo, desde a hiperinflação alemã dos anos 1920" (Joelmir Beting).
"Joga pedra na Geni, ela é boa de xingar, ela é boa de cuspir", dizia a canção de Chico Buarque, antecipando o que "as forças" incitariam a ser feito contra Dilma.  O preconceito contra ela por parte desse lado atrasado, sujo e obscuro do Brasil começou na primeira eleição dela, em 2010: mulher, petista, divorciada, gorda, dentuça, gerentona, mandona, fala atrapalhada etc etc. Alheio a tudo isso, o povão votou nela e a elegeu, porque o Lula mandou e pronto. Assim que foi empossada "presidenta", os cães da mídia trataram de convencer a opinião pública a caçoar de mais isso, em vez de fazerem seu trabalho de informar que, uma lei federal (n° 2.749) sancionada por JK, de 1956, em vigor, estabelece que se por acaso um dia uma mulher viesse a assumir a presidência da República do Brasil do lado da luz, ela deveria ser tratada como presidenta. Mas aí ela foi reeleita em 2014. Esse povão não entende o que "as forças" querem! Então, o jeito foi armar um esquema pra derrubar a mulher, começando por chamá-la carinhosamente de DilmAnta e espalhar adesivos dela com as pernas abertas para serem "estuprados" pelos torturadores em postos de combustíveis. Teve também a demonstração internacional de falta de educação, quando as elites bem nutridas e abonadas para arcar com o preço dos ingressos nas primeiras fileiras dos camarotes, na inauguração do Itaquerão para a Copa do Mundo, diante das câmeras de TV e autoridades do mundo inteiro, gritaram xingamentos à presidenta, provavelmente como fazem com suas mães, avós e tias em suas casas. A Dilma errou em não fazer cumprir a lei: sem tumultuar a cerimônia da Copa, elegantemente, mandaria identificar todos os xingadores pelas imagens da tevê e os assentos dos camarotes, e os prenderia por desacato a autoridade, pra eles lembrarem com quem estavam falando. Mas, provavelmente, Dilma não tinha quem cumprisse uma ordem assim, já que delegados da Polícia Federal usavam uma foto dela como alvo para prática de tiro e fizeram campanha, abertamente, para o Aécio, nas redes sociais.

O Real (R$) fez a mágica de, finalmente, derrubar a inflação e dar estabilidade ao país e, de quebra, fazer a fama de FHC, que se elegeu presidente e colocar o economista José Serra como Ministro da Saúde. Os remédios genéricos foram a única contribuição positiva desse período, que teve uma liquidação de empresas estatais (Telebrás, Companhia Siderúrgica Nacional, Vale do Rio Doce, Eletrobrás, etc etc etc além do Banespa em São Paulo, privatização de estradas e cobrança de pedágio cumulando com o imposto já pago para o mesmo fim, o IPVA). Tentaram vender também a Petrobrás, chegando a criar uma "Petrobrax" para fatiá-la, como foi feito com a Varig, mas a gritaria foi grande.  

O dinheiro apurado com o varejão das empresas do povo evaporou. Para o brasileiro do andar de baixo, só resultou em serviços tão ruins ou piores e mais caros. Para os brasileiros do andar de cima, o câmbio artificialmente mantido muito próximo do dólar americano (por volta de 1995 até 1997 era US$1/R$1) fez a alegria dos que viajam para o exterior ou importam de tudo. Até a classe média passou a ir fazer o enxoval do bebê em Miami ou Orlando, comprar carrinhos, babadores e mamadeiras. No Brasil, ficou cada vez mais inviável fabricar qualquer coisa. O jeito é importar tudo, até talheres e canecas "made in China".

Um dinheiro apareceu para comprar, um a um, os deputados do Congresso Nacional, para votarem favoravelmente uma emenda constitucional que permitisse a reeleição de FHC. Com a classe de cima sorrindo de orelha a orelha e a mídia favorável, ele foi reeleito para quebrar as finanças do País três vezes e recorrer a empréstimos do FMI.

Lula foi eleito em 2002 e reeleito em 2006 e terminou seu mandato com 87% de aprovação. Um recorde mundial! Até o Obama disse que ele era "o cara, o político mais popular da Terra".

Se pela frente os EUA se faziam de amigo, por trás espionavam os emails e telefonemas da presidenta Dilma, da Petrobrás e do Ministério das Minas e Energia.  Não foi só o Brasil: também a primeira-ministra da Alemanha, Angela Merkel, a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, o presidente da Bolívia, Evo Morales etc etc, todo mundo grampeado pela National Security Agency (NSA, que o atual ministro das Relações Exteriores interino, Serra, não conhecia). O fato foi denunciado por Edward Snowden e pelo Wikileaks.  Dilma subiu nas tamancas, ficou de mal, cancelou visita de Estado que faria a Washington e denunciou tudo no púlpito da ONU. Não adiantou nada. Três anos depois do escândalo do grampo, já em 2016, ela foi novamente grampeada (desta vez pela própria Polícia Federal do Brasil, que, teoricamente, lhe devia respeito e obediência, a mando de um juiz federal, que entregou o conteúdo obtido por invasão de privacidade, ilegalmente, crime contra a Segurança Nacional,  para ser escrachado no principal telejornal de horário nobre da Globo) e criticada por Edward Snowden. Se o nome disso não for conspiração internacional, o meu nome é Shirley.

Dilma nunca tinha sido candidata a coisa nenhuma. Lula a escolheu e ela foi eleita presidenta da República em 2010 e reeleita em 2014. Fez um primeiro mandato razoável: não eeera assim um Lula, mas também não era um FHC ou Sarney. Já o segundo mandato, não conseguiu nem começar. Foi sabotada desde o dia seguinte à contagem dos votos. A oposição exigiu recontagem dos votos, inspeção nas urnas eletrônicas, impugnação das contas da campanha e, depois de empossada, passou a rejeitar todas as medidas que ela mandava para o Congresso votar e, como se não bastasse, votavam "pautas bombas" destinadas a implodir as finanças públicas e obstruir qualquer necessidade do governo e do Brasil. 


A Operação Lava-Jato foi montada para sabotar a economia do Brasil, desestabilizar o governo, tirar o PT do poder, implodir o BRICS e dar o Pré-Sal para empresas petrolíferas americanas. O juiz Sérgio Moro recebeu treinamento nos EUA. Trancafiar os executivos das principais empreiteiras brasileiras por meses a fio nas masmorras de Curitiba, sem julgamento ou condenação, resultou em paradeira geral em obras, demissões, cancelamento de compras, de produção, mais demissões, em efeito cascata, para provocar insatisfação e revolta no andar de baixo, que seriam os eleitores da Dilma. Moro, o herói dos analfabetos políticos, conseguiu interromper as atividades da Eletronuclear e a construção do submarino nuclear brasileiro, em parceria com a França, que teria a capacidade de patrulhar o pré-sal, ao prender até o Almirante Othon, responsável pelo projeto. Moro caçou petistas e só petistas, ignorando acusações e denúncias sobre políticos de qualquer outro partido, e fez o trabalho de "pavimentar" a terra arrasada para que o Brasil fosse ocupado ou comprado baratinho.
Nos anos que antecederam o golpe de 1964, para sua preparação, foram fundadas duas instituições, aparentemente inocentes e bem intencionadas, chamadas IPES e IBAD. Eram jornalistas, pensadores, escritores, pagos por uma "vaquinha" de empresários de direita, obviamente a FIESP incluída, e também com dinheiro dos EUA. A versão atual da mesma estratégia conspiratória foi mais pulverizada em nomes como MBL, Revoltados Online, O Antagonista, Implicante, além de "profissionais" do jornalismo (afinal, prostitutas também são profissionais) especialmente incumbidos em redações e blogs dos veículos tradicionais de comunicação: jornais, revistas, tevês e rádios.  Uma maneira muito fácil de manter um emprego e ser bem pago é escrever ou falar contra tudo que seja PT. E vice-versa. Ao mesmo tempo, o judiciário inventou suas próprias regras à medida da conveniência. Tiraram da Presidenta da República o direito de nomear quem ela quisesse para o Ministério. E acharam legal autorizar escutas telefônicas dentro do gabinete da Presidência da República e imediata liberação do conteúdo das gravações para ser exibido em rede aberta de televisão. Você consegue imaginar isso em algum outro país? Imagine um juiz que mande grampear o Obama e divulgue a gravação para a Fox. E impeça o presidente dos Estados Unidos de nomear um secretário de Estado. Onde ele estaria cumprindo pena agora? Guantánamo?
A manipulação da classe média branca, galvanizando o ódio ao PT cultivado desde seu nascimento, em 1980 (e a partidos com ideias de esquerda em geral, desde sempre) teve vários protagonistas: mídia (em especial, Globo e Veja, com os demais seguindo), judiciário (Moro e Gilmar Mendes, com procuradores e delegados da PF a reboque), FIESP e maçonaria. Mas, no final, ficou mais evidente que o núcleo do câncer que se espalhou e corroeu a democracia, eram Cunha e Temer, nesta ordem. 

Derrubar Dilma nunca teve nada a ver com "crime de responsabilidade" ou corrupção dela. Muito pelo contrário. Os "coxinhas" foram convencidos, facinho, facinho, a se aliarem aos verdadeiros corruptos e criminosos. Ela, está provado, não fez nada ilegal. Os cidadãos "de bem" foram entorpecidos pela Veja, Jornal Nacional, rádio Jovem Pan, Roda Viva, colunistas sem caráter, etc etc. Enquanto isso, seus manipuladores, sim, desviaram dinheiro, têm contas secretas na Suíça, "offshores" no Panamá, triplex em Paraty, roubam merenda, recebem propina, lavam dinheiro sujo, têm helicóptero que transportam cocaína, constroem aeroportos em fazendas com dinheiro público, nomeiam parentes para cargos diversos para receberem salário sem precisar trabalhar... e escolheram a Dilma como cristo, pra pagar o pato! E os bestas acreditaram babando, como da outra vez (em 1964).

Dilma representa as mulheres, à esquerda, indígenas, negros, LGBTS, todos que se sacrificaram ou foram torturados e mortos pela nossa (ficou provado) frágil democracia defendida pelo escudo da Constituição, a Lei Maior da Pátria. E foi abatida pela bancada da BBB (boi, bala e bíblia), com a Globo na cabeça, os trogloditas da FIESP e muita, mas muita, muita mesmo, munição em dólares. Coincidentemente, a embaixadora dos EUA no Brasil, durante toda a preparação do golpe (assumiu em agosto de 2013), Liliana Ayalde, é a mesma que esteve no Paraguai durante o golpe de lá. Agora, com o serviço feito, ela já foi embora e foi substituída por um embaixador vindo do Afeganistão e que nasceu na Venezuela, Peter McKinley. Dizem que ele é mais especializado em "reconstrução".

Ente as tantas barbaridades que foram grunhidas pelos 367 que votaram "sim" pelo impeachment da presidenta Dilma, no dia 17 de abril (alguns pelas esposas, outros por suas cidades, em homenagem a um torturador, em memória do pai, contra a "corrupção" ou por um Brasil melhor, nenhum pelos motivos alegados no pedido dos "juristas" de algibeira), um deles deu seu voto "por Israel". Foi o que eu achei mais estranho, pois não tinha me tocado que o país que nos chamou de "anões diplomáticos" teria participação no enredo. Eis que uma empresa israelense agora será a responsável pela segurança das Olimpíadas do Rio, sob o comando de um agente do Mossad (o serviço secreto israelense), e o nosso Banco Central está interinamente presidido por um israelense (ele tem dupla cidadania, além de ser sócio do Itaú). Leia mais sobre este assunto aqui (enquanto não é "tirado do ar" como já aconteceu com outro blog).

Fala sério! Ordem e Progresso? Fechar o Ministério da Cultura, fechar a TV Brasil, colocar um bispo pentecostal no ministério da Indústria e Comércio, o Alexandre Frota dar conselhos pra Educação, três ministros já caíram por estarem sujos e outros estão balançando, cortes nos direitos dos trabalhadores, dos aposentados, dos estudantes bolsistas... Por Israel? Um infiltrado, vira-casaca, espião dos EUA? Recatado e dólar! Vai ser esculhambado nas Olimpíadas!
Pela participação no golpe, desde a birra do Aécio menino mimado, o presidente interino de fato Cunha (Temer continua decorativo) deu aos Tucanos o Ministério interino das Relações Exteriores e o Sinistro já assumiu chutando o balde do Mercosul, da Unasul, da OEA, da OMC, da União Africana, anunciando que vai fechar embaixadas pelo mundo (o que significa que a contra-partida também acontecerá: vários embaixadores e cônsules estrangeiros sairão do Brasil, várias empresas que têm negócios em seus países, de exportação e importação, estão ferrados etc etc) e ele diz que o nome do país para o qual ele trabalha chama-se Estados Unidos do Brasil. Mas o Wikileaks nos conta que ele é outro infiltrado (desde que fizeram lavagem cerebral nele em Cornell) e ele trabalha mesmo para a América de cima.  A missão dele é entregar o petróleo e detonar o BRICS
Devem estar todos orgulhosos de sua valiosa colaboração para a atual situação do Brasil, né?
Agora tá tudo legal, a revista Veja, a Globo e os jornalões não dizem mais pra você que estamos em crise aqui. Dizem que a crise é lá de fora. Antes, você foi convencido que o resto do mundo estava uma maravilha e a crise era interna do Brasil. Melhorou muito, né?
A maior prova de que a crise vem de fora é o tiro no pé que a Inglaterra se deu. Ao votar no plebiscito pela saída do Reino Unido da União Europeia, o inglês mediano fez o que nem a direita nem a esquerda queriam, nem a Escócia, nem a Irlanda, nem o País de Gales, nem a Ilha de Man. Ninguém. Todas as pesquisas davam que a saída seria rejeitada. Essas pesquisas!! Parece que a maioria não responde pesquisas!  Agora o próprio Reino Unido corre o risco de também ser desunido, pois Escócia já anda dizendo que não quer sair da UE. Como fica? E como prova de que estupidez não tem fronteiras e está em alta, aqui em São Paulo, paulistas fazem marchas enrolados em bandeiras do Estado, na avenida Paulista, defendendo a separação do resto do Brasil. Como eu tenho 50% de sangue mineiro, acho que posso pedir cidadania em Minas se a besteira inglesa for contagiante. Enquanto isso os EUA dão risada, só unindo o mundo (descartando o Trump, que quer um muro separando o México e impedir muçulmanos de entrar): NAFTA, ALCA, TPT... além da OTAN.

Todos os países da Europa, incluindo o Reino Unido e Irlanda, cabem dentro do território do Brasil e ainda sobra muito espaço. Cabem Coréias e Japão. Israel e Palestina somados cabem 6 vezes dentro do Estado de São Paulo. Nenhum país do mundo tem a biodiversidade, a área agriculturável, a riqueza do subsolo (incluindo água) e a estabilidade sísmica e geológica do Brasil. A quem interessa nos desunir, nos desestabilizar? Muitos brasileiros parecem não terem noção. Aqui é bom, por isso veio gente do mundo inteiro ser brasileiro e continua vindo, em paz, e sejam bem vindos.
Por que os BRICS incomodam e estão sob ataque? Sim, isso mesmo que você leu, estamos em guerra e a Globo, a Veja e os jornalões não te contaram nada. 

Só tem um jeito de desfazer a lambança: Dilma reassumir e cumprir seu mandato, para o qual foi eleita, como manda o figurino. Aí a gente limpa nossa imagem no mundo, recuperamos prestígio, confiança dos investidores, das pessoas sérias, mostramos que nossa democracia balançou, mas não caiu. Em 2018, essa gente bacana aí, dos tucanos, do PMDB, do Bolsonaro, da pupila do Itaú, se candidata e tenta ganhar a eleição, fazer o certo, não tomar no grito, isso é muito feio. 

Mas tem outra coisa. Não pode deixar o que aconteceu por isso mesmo como da outra vez, senão dá nisso, farra do boi, fazem de novo. Conspiradores presos, expulsos do país, exilados na Disney (que agora tem uns jacarés legais), pra servirem de exemplo. A mídia toda colocada na chincha, passando tudo a limpo, juiz aposentado por estupidez, por falta de responsabilidade com a Segurança Nacional, por servir aos interesses de uma potência estrangeira. Aí sim, a gente deixa de ser anão, de ser sub-país continental.

lk

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