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sábado, 13 de julho de 2013

Isto é uma assalto DO banco!


Eu criei a charge acima em novembro de 2011 que foi publicada no jornal semanário "A Tribuna", de Nova Granada. Era genérica, mas, como a vida imita a arte, eis-me aqui protagonizando minha própria criação agora.

Há um pouco mais de um ano, quando me tornei professor de faculdade da FMU, fui instruído pelo RH a abrir uma conta no banco Santander para receber meus salários. Argumentei que já possuía conta em outras três instituições bancárias e não tinha interesse em ter mais uma e arcar com despesas. Entretanto, fui convencido que era praxe e o gerente da agência bancária, por onde passava a folha de pagamentos, me garantiu que nenhum professor pagava tarifa. 

A conta foi aberta rapidamente com facilidade, pois boa parte dos meus dados já constavam do sistema do banco por eu ter sido cliente do Banespa de Nova Granada há mais de 20 anos, até talvez, 1990. 

Mesmo assim, deixei uma solicitação para que meus salários fossem transferidos ao Itaú, onde tenho vários pagamentos programados em débito automático há anos e não pago tarifa alguma, com direito a 10 folhas de cheques e 4 saques por mês. O mesmo acordo tenho com o Citibank, de onde sou cliente (por insistência deles, que vieram atrás de mim), desde junho de 2007. A mesma coisa com o Bradesco, onde estou desde 1993. No Itaú eu nunca pedi para entrar: eu era cliente do Banco1.Net (um banco só pela internet e telefone, sem agências) que foi comprado pelo Unibanco que se fundiu com o Itaú e eu fui ficando. O Itaú conta que eu sou cliente deles há 12 anos, desde 2001, mas é mentira. Mas tudo bem, vamos levando esse caso enquanto eles pagarem metade do meu ingresso toda vez que eu vou ao cinema.

O gerente do Santander, o Lúcio, me deu um cartão de débito e disse que, se eu mudasse de ideia e quisesse movimentar a conta, estava à minha disposição, sem cobrança de tarifa. Depois de algum tempo, a conveniência da existência de alguma agência do Santander próxima a alguma das minhas outras fontes de pagamento (como cartunista-jornalista), me levou a receber e sacar não mais que um depósito por mês. Apenas em caixas automáticas do banco. Eu ODEIO ter que passar por portas giratórias de bancos. O Citibank não tem, o Bradesco não tem e eu só entro nas agências do Itaú que foram Unibanco, que continuam não tendo portas giratórias.

Eis que, de repente, o Santander confiscou R$ 55,00 da minha conta, sem aviso, referente a "pacote de serviços". Reclamei por telefone: nada. Reclamei pessoalmente na agência (o Lúcio não está mais lá): nada. Disseram que a isenção de tarifa valia só por 12 meses. Eu não sabia disso. Registrei uma queixa formal no site do Banco Central. Passados alguns dias, recebi um telefonema de uma funcionária do Santander querendo saber detalhes da queixa que foi encaminhada a eles pelo BaCen. Eu expliquei. 


Satã quer seu dinheiro para fazer maldades com você.
Passados mais alguns dias, recebi uma carta do Santander, por email, dizendo que na abertura da minha conta constava a opção pelo Pacote de Serviços Van Gough (que eles herdaram do Real). O Pacote Van Gough (o segundo mais caro) dá direito a saques ilimitados, cheques ilimitados e blablabla ilimitado, tudo que nunca usei. A carta também dizia que eles cobraram uma vezinha só e nunca mais, que, de agora em diante, eles não vão tirar mais nada do meu dinheirinho ganho honestamente, pois me passaram para os Serviços Essenciais (que eu sempre achei que tivesse direito, segundo a Resolução 3.518 do Conselho Monetário Nacional). Legal. Mas não pretendem me devolver o que me tomaram, que, passado um mês, eu atualizei em R$ 60,47 (os juros do cheque especial do Santander são os mais caros do País: 9,95%).

Resumindo: é um banco do demônio. Nada mais justo que tenha portas giratórias para proteger os cidadãos de bem do lado de fora das agências. Nada mais justo também que cada um faça sua parte: o banco segue fazendo maldades e eu conto a história e faço piada, que é o que sei fazer de melhor. Para ser mais justo ainda, eu preciso agradecer por terem dado assunto para o meu blog, para o meu programa de TV na internet e para a minha página no Facebook. Obrigado, Santa!

Eu me senti como um touro nas mãos dos espanhóis. Não adianta nada tapear a boiada com uma linda capa vermelha (10 dias sem juros no cheque especial, herança do decente Real, e outras firulas) e espetar com a outra mão. Esse é o modus operandi deles há mais de 500 anos: conquistar e abater. Fizeram isso com os Astecas, com os Incas e com quem mais encontrarem pela frente.

Vou fazer tudo que estiver ao meu alcance, de agora em diante, para avisar a todo mundo para tomarem cuidado com os espanhóis. Eles não têm misericórdia. Faz parte da psiquê deles.

Se mais alguém aí tem uma história para contar sobre seu relacionamento com esse banco, junte-se a mim na indignação e luta. Passe adiante. Vamos compartilhar. Um dia, quem sabe, a gente consegue um dia do touro.





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